06 dezembro, 2005

A Academia - Dia I

Antes que vocês pensem, como meu amigo Maurício, que me tornei um imortal da ABL, esclareço que não é bem isso. Ontem à noite, um novo mundo se descortinou diante de meus incrédulos olhos. Uma nova vida, recheada de possibilidades, surpresas e - por que não? - aventuras. Um novo horizonte, enfim, foi vislumbrado através das montanhas do ócio.

Céus, como alguém consegue fazer tanto drama?

Fui pela primeira vez à academia, fazer musculação e afins, ligeiramente "incentivado" pela tinha irmã. Cara, que lugar odioso. Estou com um medo sério de que meu cérebro se tranforme numa geléia verde trepidante, mas não tenho muita escolha. Não é uma questão de estética e sim de necessidade. Ontem foi malhação de braços mas apenas coisas leves... O problema foi a aula de spinning, que eu não volto a fazer tão cedo. Por um momento, lá pro meio da aula, eu tive a CERTEZA de que estava morrendo. Foi inexplicável. Meu peito doía como nunca acontecera, minha cabeça dava sinais de dor também, enquanto minha respiração estava difícil e eu sentia a aorta quase explodindo no meu pescoço. Nesse instante eu pensei: "é o fim... minha vida acaba aqui.". Fui obrigado a parar, embora eu não quisesse. Mas continuei pedalando suavemente, até que minha visão voltasse ao normal.
Depois do fim da aula, era nítido que tanto eu, quanto minha irmã, teríamos sérios problemas no caminho para casa. De fato, mal conseguíamos nos manter de pé. O caminho que percorremos em dez minutos quando fomos, levamos quase meia hora voltando. Grande parte desse tempo perdido em nossa própria rua, uma semi-ladeira. Eu tinha dito ontem que nem por um decreto papal iria lá hoje, já que seria malhação de pernas. Mas acordei muito melhor do que esperava e não há motivos para não retornar. Respiro fundo, fecho os olhos e lembro que é por um bem maior...

... E que Deus me proteja daquelas amebas musculosas.