15 janeiro, 2006

Coisas Novas

Ah, mas como coisas novas podem ser estimulantes. Claro, como bom ariano que sou, tudo que é novo me fascina, me prende dos pés à cabeça. Posso dizer que esses dias tenho feito coisas novas e interessantes.
A começar pela busca de um estágio. Segunda-feira (na verdade não lembro se foi segunda mesmo, mas estou com preguiça de revirar históricos só pra isso), uma certa cidadã chamada Paula me convidou sutilmente a servir de guia turístico dela pelas ruas inóspitas do centro da cidade. Como estava muito querendo procurar estágio ou emprego também, aproveitei o ensejo e aceitei. De certa forma foi totalmente contra-producente, a não ser pelo fato de eu ter passado na faculdade para pedir minha declaração de que estava matriculado, coisa que já deveria ter feito e que era indispensável para o cadastramento no (propaganda gratuita) CIEE. Mas por outro lado, foi um dia divertidíssimo!
Ela queria sair de lá do fim do mundo (leia-se Bento Ribeiro) cedão, por isso tive que acordar de madrugada (o que me rendeu sono atrasado até ontem) na terça. Cheguei a tempo, só pra mudar um pouquinho de vez em quando. Banco, ônibus, discman, Campo de Santana, xerox, praça da Cruz Vermelha, comprar pasta pra pôr currículo, entrevista da Paula... Blablabla (sim, isso tudo é preguiça de escrever todas as coisas). Depois que a Paula subiu pra entrevista, ficamos Cíntia e eu conversando até ela sair. Quando isso aconteceu, ela nos informou que teria que voltar a BR pra trocar de roupa, pois teria uma outra entrevista de tarde. Fomos andando até ali perto da central, onde ela pegou o ônibus de volta. Em seguida, fui deixar Cíntia em frente ao Municipal para que ela encontrasse a Luisa.
Depois, voltar pra onde eu estava antes e esperar a tonta da Cissa, que só resolveu chegar lá quase no dia seguinte. Enfim. Então, fomos percorrendo algumas ruas para deixar os currículos dela (Cissa). Eu tinha desenhado um mapinha tão legal para me guiar pelo Centro, porque eu sei a localização geográfica das coisas, só que nunca lembro os nomes das ruas, mas isso acabou sendo inútil. Quando a Paulinha voltou pra casa, ela levou o mapa junto.
É, nossa via-crucis pelas ruas do centro rendeu muitas dores, várias brotoejas nas costas no dia seguinte e... enquanto íamos de prédio em prédio, procurando endereços inexistentes, empresas que deixaram de existir há dez anos e outros locais afins, conseguimos dar tantas risadas quantas foram possíveis. Papel riscado constantemente, faixa de pedestres, tio animado na portaria, camponesa chorando, jóias, muitas lojas de jóias, passar embaixo das construções, elevadores de todos os tamanhos e cores, prédio futurista, piranhas, guaravita e água de coco... E pés doloridos!
Na seqüência, fomos andando pela Rio Branco até chegarmos à Candelária. Cissa teve a magnífica idéia de irmos ao CCBB, para vermos a exposição Por Ti América (nossa, como estou fazendo propagandas hoje...). Depois de momentos de besteiras sem fim no meio da rua, conseguir ver essa exposição interessantíssima criticamente não teve preço. Não sei se ainda está lá mas, caso esteja e você não tenha visto, eu recomendo. Depois a Paula acabou a entrevista e foi nos encontrar. Descemos, nos encontramos lá embaixo e fomos comer em um pé-sujo das redondezas. Ainda voltamos ao CCBB, mas dali fomos direto para casa... delas. u.u"
Dentro do ônibus foi difícil chergarmos a uma conclusão sobre quem estava mais acabado. A Paula chegou a cochilar em pé, o que é deveras triste, e depois ficou com cara de zumbi quando conseguiu finalmente sentar.
Chegamos em BR, andamos um pouco até a casa e de lá só saí depois das 11 da noite. Fiquei estirado no sofá (porque, claro, eu já sou quase adotado) com a Cíntia me fazendo massagens nos pés e conversando coisas afins. Ainda dei parabéns à Paula antes dela ir deitar pelo aniversário dela, que era no dia seguinte.

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Tá esperando o que? esse texto não vai ter "conclusão bonitinha", é só isso mesmo. u.uº